Breast is best – Parte 1

Medicina e Ciência

Esse é o primeiro de três textos que pretendo escrever sobre amamentação. Quando os outros estiverem concluídos, coloco os links aqui.

Eu achava quase que dispensável falar sobre esse assunto, afinal (pensava eu), qualquer um que já tenha visto uma propaganda da Globo sabe que amamentação é necessária. Ah, ledo engano. Foi só a Rita nascer para eu começar a descobrir que nem todo mundo parece ter noção do quanto amamentar é importante.

Pasmem: Tem gente que ainda acha que leite industrializado é melhor para a criança. Não importa quantas pesquisas já tenham sido feitas sobre o assunto, não importa quanta coisa pontue que o leite materno é melhor (e não “a mesma coisa” é MELHOR mesmo) ainda tem gente que não entende. E com isso surgem muitas coisas que desencorajam a amamentação, como o mito do “leite fraco” por exemplo. ATENÇÃO BRASIL: NÃO EXISTE LEITE FRACO. O leite tem sempre a mesma composição que é justamente a ideal para o bebê.

Portanto, se você ouvir que “só o seu leite não é o bastante” ou “o seu leite está fraco, precisa complementar”, cai nessa não. Nosso leite é o bastante e é o ideal.

Nunca um leite industrializado poderá se equiparar ao leite materno. Ninguém conseguiu inventar ainda uma fórmula como a nossa. Mas voltando ao assunto: Como ainda tem gente que acredita que leite bom mesmo é NAN, eu vou fornecer aqui algumas informações sobre pontos positivos da amamentação, do ponto de vista do bebê.

  1. Crianças amamentadas no peito precisam começar a comer mais tarde (só a partir do sexto mês), enquanto com outro tipo de leite há a necessidade da alimentação começar mais cedo.
  2. A digestão do leite materno é mais fácil, portanto o intestino do bebê funciona bem melhor.
  3. Os anticorpos que um leite de peito fornecem não há vacina que vença.
  4. Por ser super completo em matéria de minerais e fortalecimento do sistema imunológico, as crianças que mamam no peito adoecem bem menos. Sério, amamentar é evitar diversas idas ao pediatra e gastos na farmácia. As chances do bebê ter infecção de ouvido, problema respiratório ou mesmo pegar um resfriadinho diminuem bastante.
  5. O ato de mamar colabora com o desenvolvimento da mandíbula, arcada dentária e formação dos dentes do bebê.
  6. Não sei exatamente o porque, mas as pesquisas mostram que crianças amamentadas ao seio tem menor chance de desenvolver obesidade e diabetes infantil.

Pronto. Aí estão seis motivos bem básicos, científicos, meramente medicinais que comprovam que amamentação faz bem para o neném.

Para completar tem a questão do vínculo. Que, sim, é muito importante.  A gente vai acompanhando bem de perto – literalmente – o desenvolvimento da criança. A Rita agora entrou na fase de mamar, olhar para mim e sorrir. Tão linda.

A nossa sociedade toma o amor entre mãe e filho como inato, como óbvio e, gente, sinto informá-los, mas ele não é. Esse amor como a gente conhece é uma construção, um laço que precisa ser reforçado todos os dias, desde a vida intrauterina, em cada gesto nosso. A amamentação é parte da consolidação desse afeto, obviamente não é tudo, mas se a gente pode escolher um momento a mais de carinho, para que optar por um a menos?

Até mesmo as mães adotivas podem amamentar. Técnicas de estimulação e a própria sucção do bebê  permitam com que isso aconteça.

E, no começo, sinceramente, dá um medinho. Eu fiquei com o seio muito machucado, por conta de falta de esfoliação na gravidez e tudo o mais, mas é só passar essa fase que fica tudo bem. Como eu li uma vez, é só a gente brincar com as palavras que elas nos dizem o que fazer: peitopeitopeitopeitopeitopeitopei.

Um pensamento sobre “Breast is best – Parte 1

  1. Pingback: O mamá vai, o tetê fica | Eu e Rita

Deixe um comentário